quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O que você quer ser quando crescer? Arquivista!

Quando eu era criança e os adultos me perguntavam “O que eu queria ser quando crescer?” imediatamente minha mente era invadida por inúmeras profissões das quais eu tinha uma impressão do que faziam as pessoas que nela atuavam.  Começando pelos nossos heróis reais, claro, nossos pais.  Num segundo momento eu me perguntava, mas será que só existem essas profissões no mundo? Em seguida começava a pensar nas “coisas” que via à minha frente, tais como: brinquedos, roupas, sapatos, embalagens diferentes, cadernos, livros e gibis, que, diga-se de passagem, eu adoooraaava.  Quando me refiro à “coisas” é que na mente de uma criança tudo se resume a “coisas”, já repararam?  Quando falam sobre o que querem, geralmente ouvimos frases assim – Eu quero ganhar uma “coisa” legal! - Eu vi uma “coisa” na loja tal! - Mãe, sabe aquela “coisa” que te falei ontem? - e por aí vai.  Mas se pararmos para pensar o que significa essa “coisa” descobriremos que é algo que ainda não se sabe muito como explicar.  Por isso gostaria de chamar a atenção para o quanto é importante para uma criança descobrir o que significam as “coisas”.  Dentre elas as profissões das quais um dia ela poderá extrair seu próprio sustento e o da sua família.

Fiz toda essa introdução e viagem ao mundo infantil para dizer o quanto é importante disseminar o conhecimento, a informação e as profissões antigas, atuais e futuras. Mas existem profissões antigas, atuais e futuras? Com certeza.  Com o advento da tecnologia muitas profissões estão deixando de existir, outras foram transformadas, outras criadas e outras ainda estão por vir.  Para entender como esse mundo é mutante, citarei como exemplo a profissão de Arquivista.  Uma profissão antiga, porém considerada uma das profissões do terceiro milênio.

Mas o que faz um Arquivista?  Precisa fazer faculdade para saber arquivar “coisas”?  No dia 20 de outubro comemora-se o Dia do Arquivista.  Esta profissão no Brasil foi criada em 1972, com a primeira turma na Universidade de Brasília.  Atualmente existem cursos de graduação em Arquivologia em quase todos os Estados do país.  Inúmeros têm sido os concursos que oferecem vagas para este profissional, que num passado recente era visto como um guardador de papéis e hoje é percebido como um profissional estratégico para as organizações de pequeno, médio e grande porte.  Diversas são as consultorias neste segmento de negócio, e muito positivo são os resultados advindos dos projetos concebidos e implementados com a participação de Arquivistas.  Desenvolvimento de intranets, sites, centros de informação e documentação, gestão de documentos eletrônicos, gestão de conteúdo, gestão do conhecimento, organização de acervos históricos, criação de arquivos municipais, estaduais e federais, entre outros.

Portanto, a organização de muitas “coisas” de pessoas físicas e jurídicas foi, é ou será fruto do trabalho deste profissional.  Cabe a nós, crianças de ontem e indivíduos da atual sociedade moderna, da era da informação e do conhecimento, divulgar mais esta profissão para que milhares de crianças e adultos saibam o que é ser Arquivista, o que faz este profissional, qual a importância desta profissão e como ela pode mudar a vida de muitos.  Ontem eu era uma criança que gostava de organizar “coisas”. Anos mais tarde ao trocar a palavra “coisas” por “negócio” descobri que essa era a minha aptidão, que traduzida tornou-se a minha profissão.
Ao se recordar da infância podemos descobrir e promover nas crianças e adolescentes de hoje e de amanhã qual é a sua aptidão ou chamada “habilidade nata”, para que a pergunta “O que quer ser quando crescer?” provoque uma curiosidade pelas profissões, uma sede de conhecimento, uma transformação desta sociedade para melhor.

Feliz Dia das Crianças!  Feliz Dia do Arquivista!